14 outubro 2018

Homenagem aos heróis do Augusto de Castilho

O navio Augusto de Castilho
O pequeno navio patrulha (erradamente designado caça-minas) Augusto de Castilho era um antigo barco de pesca reconvertido num navio de guerra cuja principal função, no decorrer da I Guerra Mundial (1914-1918) era a patrulha de alto mar, a deteção de minas e a escolta de de navios.

A 14 de outubro de 1918, quando escoltava o navio São Miguel, que se dirigia da Madeira para os Açores, foi surpreendido pelo ataque de um submarino alemão U-139. 


O navio de guerra português tinha um equipamento bélico muito inferior ao submarino alemão, mas enfrentou-o corajosamente durante cerca de duas horas. Assim, permitiu a fuga do paquete São Miguel que transportava 206 pessoas, entre tripulantes e passageiros.

O navio patrulha Augusto de Castilho acabou afundado pelo submarino alemão comandado por Lothar Von Arnault de la Periére, mas os portugueses lutaram heroicamente até ao último momento. Nessa batalha naval 6 militares portugueses perderam a vida: o comandante do navio que era o 1.º Tenente Carvalho Araújo, assim como um oficial e quatro praças.

Os elementos da tripulação que conseguiram sobreviver demonstraram grande coragem e resiliência pois usando apenas uma baleeira remaram durante seis dias, através do Atlântico, até à ilha de São Miguel.

Imagens após o combate entre o U-139 Alemão e o  “Augusto de Castilho”

Aqui ficam os testemunho do combate contados por dois homens que estavam a bordo do navio. Izidoro Pereira, grumete, entrevistado em 1993, e Luiz José Simões, sargento maquinista, entrevistado em 1958. 
Entrevista a Luiz José Simões sobre afundamento do Augusto Castilho

Fontes: 
Diário de Notícias n.º 29692, de 14-10-1946, p. 1
Marinha Portuguesa - Imagens após o combate entre o U-139 Alemão e o Caça-minas “Augusto de Castilho” Publicado em 12/10/2018

O Prémio Nobel da Paz


O prémio Nobel da Paz
Atribuído a Denis Mukwege  e Nadia Murad

Denis Mukwege, com 63 anos, é um médico ginecologista congolês que tem desenvolvido uma ação humanitária na República Democrática do Congo, onde trata mulheres vítimas de violação. O médico é um dos maiores especialistas mundiais na reparação e tratamento de danos físicos provocados por violação e no seu hospital em Bukavu trata mulheres que foram violadas por milícias na guerra civil do Congo. Durante os 12 anos de guerra tratou mais de 21.000 mulheres, algumas mais do que uma vez, chegando a fazer mais de 10 cirurgias por dia. Mukwege também já foi galardoado com os prémios Olof Palme (2008), Sakharov (2014) e veio a Portugal receber o Prémio Calouste Gulbenkian em 2015.

Nadia Murad é uma ativista de direitos humanos yazidi

Nadia Murad é uma ativista de direitos humanos yazidi e é, desde setembro de 2016, a primeira Embaixadora da Boa Vontade para a Dignidade dos Sobreviventes de Tráfico Humano das Nações Unidas. Murad, então com 21 anos, foi sequestrada pelo grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante em Agosto de 2014 e mantida como escrava sexual na cidade de Mossul. Nadia Murad fugiu em Novembro de 2014, conseguindo chegar a um campo de refugiados no norte do Iraque, e, em seguida, a Estugarda, na Alemanha. Desde então tem sido porta-voz da causa yazidi, tal como a sua amiga Lamia Haji Bachar, com a qual venceu, em conjunto, o Prémio Sakharov do Parlamento Europeu em 2016.Estima-se que mais de 3.000 yazidis permaneçam desaparecidos.
Fonte:Revista Visão

09 outubro 2018

"A Descoberta do século"


Em declarações à agência Lusa, o diretor científico do ProCASC, Jorge Freire, explicou que os vestígios da nau foram encontrados a uma profundidade média de 12 metros, junto ao Bugio, e abrangem uma área aproximada de 100 metros de comprimento por 50 metros de largura.
“Vê-se o escudo de Portugal, a esfera armilar, portanto, por aí, estamos seguramente a falar de um achado de desígnio nacional muito semelhante àquilo que foi a Nossa Senhora dos Mártires [uma nau portuguesa também do Caminho das Índias, descoberta em 1994], utilizada como motivo da Expo98, só com uma diferença, porque esta está em melhor estado de conservação, daquilo que nos é possível ver à superfície. A área também é muito maior do que foi exumado na Nossa Senhora dos Mártires”, afirmou o diretor e mergulhador do projeto.

25 setembro 2018

"Partilhando Património – Partilhando Valores"

Azulejo português - MNA
«Partilhando Património – Partilhando Valores», foi o tema da Cimeira do Património Cultural Europeu, considerada pela União Europeia como um dos acontecimentos públicos principais do AEPC (Ano Europeu do Património Cultural), contando com o apoio do programa Europa Criativa

Uma das áreas do património mais significativas em Portugal é a azulejaria. 
Partilhamos essa arte com outros povos. Árabes, Espanhóis, Angolanos e Brasileiros, por exemplo. 

Para saber mais visite o Museu Nacional do Azulejo. [link]

15 setembro 2018

2018 - Ano Europeu do Património Cultural


"O Ano Europeu do Património Cultural (AEPC ) 2018, pela sua escala e pelo contexto de mudanças que se vivem na Europa, será um momento importante para chamar a atenção não só para as oportunidades que o património cultural nos oferece, mas também para os imensos desafios que hoje se nos colocam – a globalização, o desenvolvimento acelerado da utilização de novas tecnologias de informação e comunicação, as crises de valores e de identidade, as alterações climáticas e os conflitos, as pressões e contradições geradas pela cada vez maior mobilidade humana por todo o planeta.
De acordo com o documento de DECISÃO da Comissão Europeia são objetivos gerais do AEPC 2018, em síntese, incentivar e apoiar, designadamente através do intercâmbio de experiências e boas práticas, os esforços da União Europeia, dos Estados-Membros e das autoridades regionais e locais, para proteger, valorizar e promover o património cultural europeu, referindo em especial:
  • contribuir para a promoção do papel do património cultural europeu enquanto elemento central da diversidade e do diálogo inter-culturais;
  • potenciar o contributo do património cultural europeu para a economia e para a sociedade, através do seu potencial direto e indireto;
  • contribuir para a promoção do património cultural como um elemento importante da dimensão internacional da União Europeia." (...)  »» Ler mais aqui »»
 inSítio Ano Europeu do Património Cultural Direção-Geral do Património Cultural
 http://anoeuropeu.patrimoniocultural.gov.pt/