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24 outubro 2018

Antigo navio de comércio grego é encontrado intacto no Mar Morto

A expedição anglo-búlgaria registou mais de 60 naufrágios que vão da Antiguidade até o século XVII, sendo o mais antigo, com data de 400 anos antes de Cristo, encontrado nesta terça-feira (23/10) praticamente intacto.
Foto - HO / Black Sea MAP/EEF Expeditions / AFP
Um navio de comércio grego antigo, de mais de 2.400 anos, foi encontrado praticamente intacto no fundo do Mar Negro, o mais antigo naufrágio conhecido no mundo, anunciou nesta terça-feira (23/10) uma expedição anglo-búlgara. 
"Nunca pensei que seria possível encontrar intacto, e a dois quilômetros de profundidade, um barco que data da Antiguidade", declarou o professor Jon Adams, diretor do Centro de Arqueologia Marítima da Universidade de Southampton (sul da Inglaterra). 
A expedição Black Sea MAP (Maritime Archaeology Project) fez sondagens durante mais de três anos a 2.000 km de profundidade no Mar Negro, na costa da Bulgária, com um sonar e um veículo teleguiado, com várias câmaras concebidas para a exploração em águas profundas. 
A equipe registrou mais de 60 naufrágio que vão da Antiguidade até o século XVII. O mais antigo, com data de 400 anos antes de Cristo, foi encontrado a uma profundidade em que a água carece de oxigênio e pode "conservar as matérias orgânicas durante milhares de anos", afirmou a equipe do Black Sea Map. Os destroços do navio foram datados com carbono 14. 
Este é um "tipo de barco de comércio grego" que até agora só havia sido observado nas decorações das "antigas cerâmicas gregas", indicaram os cientistas.

Por: AFP - Agence France-Presse. Publicado em: 23/10/2018

09 outubro 2018

"A Descoberta do século"


Em declarações à agência Lusa, o diretor científico do ProCASC, Jorge Freire, explicou que os vestígios da nau foram encontrados a uma profundidade média de 12 metros, junto ao Bugio, e abrangem uma área aproximada de 100 metros de comprimento por 50 metros de largura.
“Vê-se o escudo de Portugal, a esfera armilar, portanto, por aí, estamos seguramente a falar de um achado de desígnio nacional muito semelhante àquilo que foi a Nossa Senhora dos Mártires [uma nau portuguesa também do Caminho das Índias, descoberta em 1994], utilizada como motivo da Expo98, só com uma diferença, porque esta está em melhor estado de conservação, daquilo que nos é possível ver à superfície. A área também é muito maior do que foi exumado na Nossa Senhora dos Mártires”, afirmou o diretor e mergulhador do projeto.