01 fevereiro 2022

O Regicídio (atentado e morte do Rei)



O Rei D. Carlos e o Principe D. Luís Filipe 

No dia 1 de fevereiro de 1908, D. Carlos, o rei de Portugal regressava de Vila Viçosa a Lisboa acompanhado da família real. 

"Tendo desembarcado no Terreiro do Paço, seguiam numa carruagem aberta para o Paço das Necessidades. A carruagem real roda lentamente junto da penúltima arcada do lado ocidental do Terreiro do Paço. Subitamente, rompendo entre o cordão de polícias e população, um homem de revólver em punho põe o pé no estribo traseiro da carruagem real e dispara à queima-roupa contra o rei, atingindo-o com dois tiros na cabeça. A carruagem segue à desfilada pela rua do Arsenal, quando um outro indivíduo, mais adiante, dispara uma carabina que trazia oculta contra D. Luís Filipe, que segurava um revólver, matando-o. D. Manuel é atingido num braço. Apenas a rainha D. Amélia sai ilesa.
O pânico e o tiroteio generalizam-se. O primeiro regicida terá sido morto pelo príncipe D. Luís Filipe. O segundo é morto pela polícia.
Os regicidas foram Alfredo Costa, de 28 anos, caixeiro de profissão e Manuel Buíça, de 32 anos, professor primário, ambos republicanos."

Assim, o último Rei de Portugal viria a ser D. Manuel II, visto que o herdeiro do trono, D. Luís Filipe também foi morto neste atentado. D. Manuel II foi deposto em 5 de outubro de 1910 e exilou-se em Inglaterra.

Fonte consultada: Regicídio na Infopédia. Porto Editora. [consult. 2022-02-01]. Em:
 

31 janeiro 2022

O 31 de Janeiro de 1891 contado pelo meu avô


Placa evocativa na Rua de 31 de Janeiro, no Porto.

Na madrugada do dia 31 de Janeiro de 1891, no Porto, houve uma revolta militar contra a cedência do Governo e do Rei ao ultimato britânico de 1890 por causa do Mapa Cor-de-Rosa.
Vários militantes do Partido Republicano e muitas pessoas anónimas juntaram-se aos revoltosos e dirigiram-se à Praça D. Pedro, agora chamada Praça da Liberdade, onde ficava a Câmara Municipal. Foi hasteada uma bandeira vermelha e verde e por entre vivas à República, com música e foguetes, a multidão decidiu subir a Rua de Santo António, em direção à Praça da Batalha, com o objetivo de tomar a estação de correios para que a notícia da implantação da República fosse difundida...
Os revoltosos foram barrados por um destacamento da Guarda Municipal, posicionada na escadaria da igreja de Santo Ildefonso, ao cimo da rua. A Guarda abriu fogo sobre a multidão e vitimou indistintamente militares e civis. A multidão fugiu desorganizadamente.
Cerca de trezentos revoltosos barricaram-se na Câmara Municipal, mas a Guarda, ajudada por artilharia da serra do Pilar, por Cavalaria e pelo Regimento de Infantaria 18, sob as ordens do chefe do Estado Maior do Porto, forçou-os à rendição. Às dez da manhã tudo estava acabado. Foram mortos pelo menos 12 revoltosos e ficaram feridos outros 40. Alguns sobreviventes fugiram do país.
Contudo, os revoltosos que foram presos, acabaram julgados em Conselho de Guerra, a bordo de 3 navios, ao largo de Leixões. Para além de civis, foram julgados mais de 500 militares. Foram  condenados a penas até 15 anos de degredo em África cerca de duzentas e cinquenta pessoas.

Em memória desta revolta, logo que a República foi implantada em Portugal, a então chamada Rua de Santo António foi batizada como Rua de 31 de Janeiro e esta data passou a ser celebrada dado que se tratou da primeira de três revoltas republicanas. As outras foram: o Golpe do Elevador da Biblioteca, e o 5 de Outubro de 1910, finalmente vitorioso!

Isto contou-me o meu avô que esteve entre os revoltosos e conseguiu escapar para Inglaterra.

27 janeiro 2022

77º aniversário da libertação de Auschwitz-Birkenau

O Dia Internacional da Lembrança do Holocausto assinala o dia que os soldados soviéticos chegaram a Auschwitz.


Assinala-se esta quinta-feira o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto. Dos vários locais onde a data é lembrada, existe um, em particular, onde a memória é mais pungente: Auschwitz, o campo de concentração que foi palco da morte de mais de um milhão de pessoas.



O Exército Vermelho da ex-URSS libertou o campo de concentração em Auschwitz-Birkenau, no sul da Polónia, em 27 de janeiro de 1945. Nesse campo de extermínio mais de 1 milhão de pessoas foram exterminadas pelo regime nazi. As pessoas foram dizimadas por vários processos: em câmaras de gás, mortos à fome, ao frio, fuzilados, com doenças e até por exaustão e violência extrema.

Apenas cerca de 7 mil prisioneiros (cerca de 500 eram crianças) sobreviveram em péssimas condições de saúde e psicológicas. Os sobreviventes estavam extremamente magros e exaustos. Poucos conseguiam manter-se em pé, muitos estavam deitados no chão, apáticos.

A maioria dos prisioneiros era constituída por judeus vindos principalmente da Hungria, Polónia, Itália, Bélgica, França, Holanda, Grécia, Croácia, Rússia, Áustria e Alemanha.

O Exército Vermelho achava que a guerra já não o chocaria mais, até chegar a Auschwitz e encontrar figuras esqueléticas e sangue congelado no chão. (Ler mais aqui: Observador)

10 dezembro 2021

Hoje é o Dia dos Direitos Humanos!

 "Há 73 anos, em 1948, a Assembleia Geral adotou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Os princípios estabelecidos no texto continuam a ser a chave para a realização de todos os direitos humanos, para todas as pessoas, em todos os lugares."  (site da ONU)

Mensagem do secretário-geral da ONU, António Guterres



09 dezembro 2021

Direitos Humanos das Pessoas portadoras de deficiência


Abordar os Direitos Humanos implica chamar a atenção para a discriminação das pessoas portadoras de deficiência ou com necessidades especiais. E nós? Como estamos a cuidar destas pessoas? 

O tema do Dia dos Direitos Humanos deste ano de 2021 é sobre a Igualdade, consagrada no Artigo 1º da DUDH - “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos”.


"(...) a presente Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes apela à ação nacional e internacional para assegurar que a mesma seja utilizada como base comum e enquadramento de referência para a proteção desses direitos"

07 dezembro 2021

Onde começam os direitos humanos?



" Afinal, onde começam os direitos humanos universais? Em lugares pequenos, perto de casa - tão perto e tão pequenos que não podem ser vistos em nenhum mapa do mundo. [...] A menos que esses direitos tenham significado aí, eles têm pouco significado em qualquer lugar. Sem uma ação cidadã combinada para mantê-los perto de casa, procuraremos em vão pelo progresso no mundo mais amplo."
Eleanor Roosevelt

O tema do Dia dos Direitos Humanos deste ano de 2021 é sobre a Igualdade, consagrada no Artigo 1º da DUDH - “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos”.


Estas mulheres foram fundamentais na elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Graças a elas, o princípio da igualdade de género foi incluído no documento dos direitos humanos e conseguiram que esta declaração fosse verdadeiramente universal.

30 novembro 2021

Aspetos do património de Valongo